sábado, 5 de março de 2011

Parque Ecológico em Decadência

Estive dia 27 de fevereiro, um domingo, em visita ao Parque Natural de Porto Velho, mais conhecido como Parque Ecológico, e fiquei triste, estarrecido, decepcionado. Como se tivesse levado uma paulada de indignação. Encontrei o local em decadência, sem a devida manutenção do que foi feito no período de 2001 a 2003, onde, estando no cargo de Secretário Municipal de Meio Ambiente-SEMA, ocasião que foi feito um trabalho de reestruturação e revitalização do Parque, com uma equipe competente que me cercava.

A SEMA foi implantada sob a nossa coordenação, em 2001, tendo o Parque sob a responsabilidade da mesma. E olha, quando recebemos o Parque, ele estava completamente abandonado. Não tinha lixeira; nem telefone; a entrada era um barraco de palha; era passagem de fugitivos do Urso Branco; as pessoas faziam o Parque de balneário público; caçadores matavam animais dentro da reserva; pescavam no rio Belmont; tiravam palha das palmeiras para fazer barraca para arraiais, inclusive o Flor do Maracujá; a estrada de acesso era quase intransitável no período de chuvas, enfim, foi muito trabalho e luta para deixar aquele local aprazível novamente.

O Parque é uma herança do ex-prefeito Chiquilito Erse, que criou aquela unidade de conservação quando o assunto meio ambiente não era uma preocupação global. Mas foi um político de visão e administrador público comprometido com o desenvolvimento de Rondônia.

Ao visitar o Parque tive a sensação que perdi meu tempo, dando tanto suor para que o local voltasse a ser digno para o visitante de Porto Velho e aos turistas. Lembro-me que chegamos a dormir varias vezes no local para vigiar o Parque, evitando a presença de ladrões que adentravam para roubar o pouco que tinha.

Naquele período foi construído um prédio novo (portal), com toda uma estrutura de loja de artesanato, sala de informação com TV e DVD para orientar os visitantes antes de adentrar o ambiente, banheiros, inclusive para cadeirantes, lanchonete, guarda volumes, enfermaria, e até bilheteria caso se quisesse cobrar.

Na área do Parque foram construídos: um parquinho infantil, balanços, mesas com bancos, chuveiro público, bebedouros, recuperação da quadra de vôlei, recuperação da torre para a prática do ‘espiribol’, ampliação do viveiro de mudas, desobstrução e manutenção constante das trilhas, armadores de redes, recuperamos o pequeno zoológico, além das atividades de meio ambiente, cursos, palestras, caminhadas dirigidas nas trilhas, etc.

Com muito esforço e vontade política do então prefeito Carlinhos Camurça a estrada de acesso ao Parque foi totalmente asfaltada. Pude reivindicar a Brasil Telecom a linha telefônica para o Parque e aos moradores do entorno que não acreditavam nessa possibilidade. Colocamos orelhões temáticos, doados pela Brasil Telecom e lixeiras temáticas.

Fomos buscar recursos de compensação ambiental para ter computadores, mobiliário, carro, motos, barco, roçadeiras, decibelímetros, GPS, tudo isso para equipar aquela unidade de conservação e fazer o monitoramento ambiental. Além disso, tinha fiscais de meio ambiente de plantão 24 horas, tendo o apoio da Polícia Ambiental, na época comandado pelo major Josenilton. Um esforço que envolveu vários parceiros para revitalizar o querido Parque Ecológico. Ainda fizemos parceria técnica e de pesquisa com as faculdades FIMCA, São Lucas e FARO. Por isso, o Parque chegou a ter uma média de 2.000 visitas por final de semana. Passou a ser o maior atrativo da cidade. A imprensa local foi fundamental para divulgar e levar o grande público. Sempre foram parceiros.

Hoje não se vê esse esforço. Que decepção. Há, se fosse eu, já teriam me denunciado pelo descaso a imprensa. Para lembrar, ainda tinha alguns vereadores querendo a minha cabeça porque eu fazia e aparecia demais na imprensa.

Imagino que nesse período do novo abandono, ocorreu grande perda da biodiversidade, que é o fator mais importante de um parque natural é justamente a preservação da sua biodiversidade. Perda irreversível, uma vez que a cidade avança para o entorno do Parque.

Por falta de recurso não é. Pois estão construindo as maiores obras públicas do Brasil aqui no município de Porto Velho, que são as hidrelétricas, e porque não foram buscar recursos financeiros das compensações ambientais para projetos dentro do Parque Natural? Está sendo construída uma ponte sobre o rio Madeira. Fizeram uma fabrica de cimento e onde foram parar essas compensações ambientais. Era para o Parque ser um “brinco” se tivessem esforçado para isso.

Se não me engano, desde quando eu sai da SEMA, em 2003, já se passaram sete secretários naquela pasta ambiental. Na atual administração é o sexto Secretário. Quero que o recém empossado secretário Gadelha tenha sucesso. O tempo é curto, mas é possível. Ele é um rondoniense e demonstra ter compromisso com a nossa cidade.

Inclusive, a atual administração produziu um Guia da Cidade de Porto Velho, por meio da Coordenadoria Municipal de Turismo e deixou de incluir o Parque Natural no conteúdo. Será que foi por descuido (quero acreditar que sim) ou por vergonha?

Obs.: Pensei muito antes de postar esse desabafo no blog. Mas...

Abaixo as fotos que mostram o descaso.























quinta-feira, 3 de março de 2011

Alerta aos moradores do Tucumanzal e S. João Batista

Me lembro que muitos anos atrás pessoas morreram por atropelamentos de carros, ao cruzarem a BR 364, no trecho entre os bairros Tucumanzal e São João Batista. Depois de algums atropelamentos os moradores reivindicarem das autoridades uma providencia. Vendo que nada acontecia, fizeram um movimento que fecharam a BR. So com essa atitude as autoridade colocaram duas lombadas e os acidentes não aconteceram mais.

Com a duplicação da BR no trecho Candeias-Unir, foi construída uma passarela sobre a BR para evitar acidentes naquele trecho. Com a passarela feita foi retirada as lombadas, claro, não precisa mais. No entanto, parece que alguns moradores esqueram o passado triste que aconteceu naquele trecho.
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Alguns moradores estão atravessando a BR por baixo da passarela e estão correndo o risco de serem atropeladas por veiculos. Até porque, os carros passam ali em alta velocidade. Ja testemunhei várias vezes moradores fazendo a arriscada travessia, por preguiça ou pressa. Vamos evitar uma nova tragédia. Usem a passarela. Só um alerta!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Que se Dane o Meio Ambiente.

O Presidente do IBAMA se demitiu quarta-feira passada devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.

Aqui em Rondonia tem uma hidreletrica que quer aumentar 50cm a sua barragem. Depois vou detalhar essa estrategia da ganância. O meio ambiente que se dane. Saibam que a a atual Presidenta Dilma pressionou Marina Silva, então Ministra do Meio Ambiente, a deixar o cargo, justamente por essas hidreletricas na Amazônia, como as de Belo Monte e rio Madeira.

Depois vou relatar mais sobre a hidreletrica que quer aumentar a barragem.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MANELÃO – O Rei do Carnaval

Ao assumir o cargo de Secretário de Cultura de Porto Velho, em 1997, a primeira parada dura foi o carnaval que vinha passando uma fase de decadência. Mas o prefeito Chiquilito Erse não mediu esforços para fazer o melhor possível. E umas das primeiras pessoas que procurei foi o General Manelão para uma conversa sobre o carnaval. Para minha surpresa ele me tratou muito bem e ainda se colocou a disposição para me dar apoio. Naquela ocasião prometi que enquanto estivesse no cargo a Banda do Vai Quem Quer continuaria a fazer à abertura oficial do Carnaval de Porto Velho. E assim foi feito nos quatro anos que permaneci à frente da SEMCE (Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo). Assim, por quatro anos a Corte do Rei Momo se dirigia até o Manelão e então, eu, como representante do Prefeito Chiquilito e depois o Carlinhos Camurça, passava a “Chave da Cidade” ao Rei Momo, na presença do Manelão, ato que simbolizava oficialmente aberto o carnaval de Porto Velho. Ainda guardo até hoje uma replica de uma chave de madeira que enfeitava a sua loja e que, por três anos, foi passada ao Rei Momo. Essa chave o Manelão deu-me de presente num ato de nossa amizade. Abaixo quatro fotografias dos anos que o Rei Momo recebeu a Chave da Cidade antes da Banda dar a partida.
Em 1997, o Rei Momo Ferreira sob aplauso do Manelão com seu inseparável cigarro. Eu, representando o prefeito Chiquilito Erse.

Em 1998, o Momo Ademir. Um tremenda chuva. Representando o prefeito Chiquilito.

Em 1999, o Momo Camilo. Representando o prefeito Carlinhos Camurça.

Em 2000, o Momo Canejo. Tarde de muito calor. Representando o prefeito Carlinhos Camurça.

A chave que fica numa sala de minhas lembranças. Lembrança do Manoel Mendonça.

Que Deus na sua infinita bondade te Ilumine.
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Exemplo de Cidadania no Triangulo e Vila Candelária

Estiveram reunidos na tarde de sexta-feira, 26, os moradores do bairro Triângulo e da Vila Candelária para montar uma estrategia para reivindicar melhorias para a região que se encontra abandonada pelo poder público municipal. A reunião aconteceu na sede da Associação dos Moradores do Triângulo. As principais reivindicações: conclusão das obras de construções das casas na Vila Candelária/construção de um posto de saúde para aquela area/novo asfalto nas ruas, que so tem buracos/saber quem vai para as novas casas, pois ninguem até agora foi comunicado/construção de uma escola infantil/construção de uma creche/reguralizar o horario dos ônibus, pois entram no bairro de uma em uma hora e isso quando o motorista quer, se não passa direto pela estrada do Santo Antônio.
A ação pública contou com as presenças de moradores, do vereador Moisés e do Presidente Luís Mário (foto acima). Estive por lá a convite e me deram a palavra. Vi um bairro tradicional, completamente abandonado. Uma lástima.