O recorte acima, com a matéria “Prédio virar museu, sonho muito antigo”, publicado no jornal O Imparcial, já extinto, de 22 de março de 1987 (24 anos atrás), onde declarei que o meu sonho era ver um dia o Palácio Presidente Vargas transformado em museu, parece que não morreu. E pode se tornar realidade até o próximo ano.
Ainda era um jovem, 26 anos, idealista, como todo jovem recém formado, numa década que também não morreu, pelo menos na musicalidade. Era auge dos anos 80, a juventude ouvia rock de qualidade, produzida pelos maiores nomes daquela década: Cazuza, Paulo Ricardo (Banda RPM), Renato Russo, Lulu Santos, Engenheiros do Hawaii, Marina, Ira, Camisa de Vênus, rádio Taxi, Frenéticas, Magazine, Absurdetes, Lobão, enfim, e outras dezenas de bandas.
Eu vivia entre dois mundos: ouvindo rock anos 80 e dirigindo o maior museu de Rondônia. Era fã da primeira banda de rock que surgiu em Rondônia: Banda "Ponte Aérea". Formada por dois amigos e meus irmãos.
Quando digo que os anos 80 não morreu, é porque a juventude atual, o que mais curte, nas principais casas noturnas da cidade, são musicas dos anos 80. Por isso ainda me sinto um “velho jovem”. Principalmente quando ouço a Banda "Semáforo 89" tocar. Meu filho Daniel, é a extensão da Banda "Ponte Aérea".
Porque fiz essa viagem musical, esse paralelo. Foi para dizer também que museu não é “coisa de velho”. É para quem tem cabeça e sabe valorizar e curtir o passado e o presente. O jovem europeu faz isso muito bem. Sem preconceitos.
Pois bem. O governador Confúcio Moura já declarou, por diversas vezes, que quer ver o prédio do Palácio do Governo transformado em museu. Saiba governador Confúcio, que sua intenção é elogiável sobre todos os aspectos. Outras capitais já fizeram isso e a população aprovou. Rondônia precisa sim de um suntuoso museu. Mas um museu na verdadeira acepção da palavra. Vai ficar na história.