domingo, 2 de outubro de 2011

PORTO VELHO COM 97 ANOS

A CAPITAL MEIS FEIA DO BRASIL
RUA TENREIRO ARANHA, NO CENTO DA CIDADE, COM MATO NAS MARGENS

Porto Velho (município) alcançou em tão pouco tempo uma evolução inimaginável para uma região tão distante dos grandes centros do país, até porque, estamos ao Norte do Brasil e em apenas 97 anos de criação do município estamos beirando 500 mil habitantes e com grandes perspectivas de evolução para se transformar numa cidade moderna como todos nos esperamos.
A cidade que teve origem em 1907, quando se iniciou aqui a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, sendo emancipada quando foi criada no dia 2 de outubro de 1914 e implantada no dia 24 de janeiro de 1915, tendo como uma das principais características a situação cosmopolita, acolhendo pessoas de todas as partes do Mundo e de outros estados brasileiros. Essa é uma constante.
Mas dentro dessa multiculturalidade sabemos acolher à todos, como é o caso atual dos haitianos, que já estão adaptados ao jeito despojado do povo que não tem preconceitos com ninguém, exceto casos isolados, mas que isso não reflete o sentimento da população tradicional.
É mais fácil verificamos preconceitos com os que acabaram de chegar e que resistem em aceitar a cultura local, se isolando e não participando do dia-dia dos acontecimentos, preferindo o isolamento e se agrupando com pessoas com as mesmas características. É normal.
Infelizmente a cidade não alcançou o nível de modernidade como os moradores desejam. Como teve um crescimento desordenado as administrações municipais não tiveram sabedoria para fazer um plano diretor para ser seguido e respeitado. Sendo os prefeitos os principais responsáveis pela desordem que hoje se encontra a Capital do Estado. Até o hoje o poder público municipal deixa a população invadir áreas verdes, igarapés, nascentes e outras situações com pleno conhecimento das autoridades.
O atual administrador, com quase sete anos no poder, tendo recebido milhões de reais do governo federal, não conseguiu criar uma nova cara para a cidade, ou seja, não tem um projeto consistente para dizer que a cidade mudou para melhor.
O que se vê de novidades, não foi realizado com recursos originários da arrecadação, mas sim, feitos pela iniciativa privada, como: a reforma das praças e a construção do Parque da Cidade. Muito pouco para quem prometeu, que por ser “amigo do Lula e que iria trazer mensalmente um Ministro para visitar a cidade, não conseguiu modernizar a cidade, que continua, como já disse: “SENDO A CAPITAL MAIS FEIA DO BRASIL”. Um título que nós rondonienses sentimos vergonha com essa situação.
O que existe de novidade e que demonstra pujança e com força para mudar vem da iniciativa privada, com as construções habitacionais que se acelerou impressionantemente, mudando o visual da cidade, com vários prédios e condomínios horizontais para atender a classe média. Alem de construções comerciais, como os megas mecados (atacadões) e o Shopping que deram um ar moderno para a cidade.
Mas até agora a cidade convive com TODAS as suas ruas esburacadas, disse todas; com sua estrutura de saúde precária, sinalizações das vias precárias, uma rodoviária ultrapassada, a coleta do lixo e vergonhosa nos bairros da cidade e construções sem respeitar as leis municipais, dentre outras centenas de coisas negativas.
O prefeito pode até dizer que fez muito, que asfaltou milhares de quilômetros de ruas, isso é verdade, mas são asfaltos eleitoreiros, sem ter o acompanhamento de infra-estrutura como água, esgoto e drenagem. Que os viadutos vão sair, mas o custo dessas obras é imoral e merece uma atenção do Ministério Publico Federal.
O pior é que não vemos perspectivas futuras de um futuro administrador com perfil de mudar essa situação. Os nomes dos pré candidatos que estão sendo divulgados pela imprensa, não tem nenhum perfil com capacidade para realizar o que queremos: VER A CAPITAL DO ESTADO DE RONDONIA SENDO ELOGIADA PELOS QUE MORAM AQUI E AQUELES QUE NOS VISITAM.
Contudo, ainda gostamos dessa cidade que nos acolheu, assim como milhares delas.
PARABÉNS PORTO VELHO, que Deus possa iluminar o futuro gestor para AMAR e ser CAPAZ dessa mudança que almejamos a Porto Velho.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MOTOQUEIROS e MOTOCICLISTAS

Aqui vou generalizar usando o termo motoqueiros*

Infelizmente é raro o dia que eu não vejo pelo menos um acidente envolvendo motoqueiros. E por várias vezes tive a oportunidade de presenciar acontecimentos inacreditáveis, desde acidentes com carros, fazendo brincadeiras e derrapando na pista, e os inusitados, que considero, quando ocorre choques entre motos. Por tudo isso, as estatísticas de acidentes envolvendo motoqueiros só têm crescido na capital de Rondônia. Pelo que se divulga, o pronto socorro João Paulo II recebe em média 16 motoqueiros acidentados diariamente.

Sinceramente as causas são muitas, mas variavelmente é por pura imprudência e desrespeito as normas de trânsito.

Mas o que observo é um fenômeno que pode ser a causa principal das imprudências: essa massa de motoqueiros, em sua grande maioria, são ex-ciclistas que hoje possuem suas motos e trouxeram o vício de quando eram ciclistas para as pilotagens das motos.


Vejam que diminuiu sensivelmente os milhares de bicicletas nas ruas. Ainda guardo na lembrança recente a Rua Rio de Janeiro tomada por ciclistas voltando, no final da tarde, do trabalho para suas casas rumo a zona leste. Uma cena que não se vê mais. A quantidade diminuiu em muito.

Pois bem, são raríssimos os ciclistas que respeitam as normas de transito, quase sempre ultrapassam sinais vermelhos, fazem zigue-zague entre os carros, e o mais comum: ultrapassam os carros usando os corredores entre os veículos e a calçada, ou seja, fazem isso sempre pela direita dos carros. Dessa forma a maioria deles, que passaram a pilotar suas “motocas”, continuaram com seus vícios de ciclistas. E assim, deixam os condutores de carros numa situação delicada no trânsito.

A todo o momento estamos sendo ultrapassados por motoqueiros tanto pela direita como pela esquerda, ao mesmo tempo.

Nos sinais vermelhos os motoqueiros vão se ‘enfiando’ entre os carros para se posicionarem a frente dos veículos, inclusive ficam estacionados na faixa de pedestre, com isso, não se importando em arranhar os carros e retardar a saída dos veículos quando o sinal abre. Muitas das vezes ficam chateados quando não conseguem ficar a frente dos carros nos sinais fechados.
Enganaram a eles ao dizerem que moto é para ser mais rápido no transito, por isso, andam em alta velocidade, muita acima do fluxo normal e, com isso, se atropelam e são atropelados devido à pressa. São apressados viciados.

Nas faixas de pedestres, principalmente as que estão em frente às escolas, geralmente os carros param, mas os motoqueiros não percebem, pela pressa, e passam nas laterais dos carros, causando perigo de atropelar os pedestres que estão ultrapassando nas faixas.
A minha sugestão é que deve ser feito uma campanha de conscientização com esse segmento para poupar mais vidas e prejuízos ao erário público com as internações hospitalar.
Também acho que as auto-escolas podem contribuir para que eles sejam mais prudentes nas ruas.

*Na Wikipédia, a enciclopédia livre, existe as variações para o usuário de motos:
Motociclista é o individuo que possui ou faz uso de moto para razões não profissionais;
Motoqueiro ou moto-boy é o individuo que possui ou faz uso da moto para fins profissionais.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

JOGO BRUTO


Os úrubus estão na expectativa
pela queda dos corinthianos
para assumirem a liderança.
x
Os vascaínos querem fazer motim,
mas estão com medo do corinthiano.
Sem medo moçada.
X
OS URUBUS ESTÃO AGUARDANDO O CORINTHIANS CAIR.
ESTÁ MADURINHO, MADURINHO...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

ARRAIAL FLOR DO MARACUJÁ


Minha contribuição ao Arraial em 2006.

Como já falamos na postagem anterior, o Arraial surgiu em 1983 e abrigou a Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás que neste ano faz 30 anos de existência.

Nessa trajetória até 2011 ocorreram diversas mudanças de locais para a realização do Arraial, sempre em locais provisórios. Numa dessas mudanças, levaram o Arraial, em 2004, para o mesmo local onde se realiza a EXPOVEL. É aquela história: bom para um e ruim para o outro.

Se não fosse só isso, o Arraial era montado logo em seguida a EXPOVEL. Dava a impressão que só mudava a forma do boi: o boi vivo da exposição agropecuária para o boi fantasia do folguedo boi-bumbá. Até o cheiro dos dejetos fecais dos bois permanecia forte durante o Arraial. Não combinava. Arraial tem cheiro de fogueira, de fogos de artifícios e de comidas típicas. Por lá, o Arraial foi realizado por dois anos, 2004 e 2005. Se continuasse sendo realizado no local da EXPOVEL, o Flor do Maracujá estaria fadado a extinção.

Mas como tudo nessa vida tem algo de positivo, a estrutura do rodeio da EXPOVEL, com suas arquibancadas, camarotes, palco e o espaço, beneficiava apenas a Mostra dos grupos folclóricos que tinha um local maior para as apresentações. No entanto o Arraial é um todo. E o lado mais negativo, dentre tantos, ficava para quem fazia o Arraial. Os barraqueiros e ambulantes levavam prejuízos. Tinha barraca que nos dez dias não vendia um refrigerante, sequer. Portanto, o Arraial estava em decadência devido ao local inapropriado para a festa folclórica.

Em 2006, passei a ser o secretário da Secel e na minha cabeça a salvação do Flor do Maracujá era voltar para o antigo local, próximo a esplanada das secretarias, onde hoje se constrói o prédio da Assembléia Legislativa.

Mas isso me custou, como Secretario da pasta da Cultura um sacrifício, porque muitos não queriam a volta do Flor para o antigo local, inclusive dentro do comando do Governo, da Secel e até alguns “donos” de grupos folclóricos. Mas os contras se renderam quando assistiram a multidão nos dez dias do evento.

O duro nessa volta foi convencer o comandante da 17ª BIS, o general Pinto Homem. Ele tinha relatórios muito negativos a respeito da realização do Arraial no local que pertencia ao Exército. O documento mostrava que o Arraial prejudicava os moradores do entorno, por causa da sonorização; as residências militares eram invadidas; brigas dentro e fora do Arraial; drogas e bebedeiras geravam até mortes. Eu tive que assinar um termo de responsabilidade que se algo desse errado, eu me responsabilizaria por tudo. Assinei o documento. Depois que viu a organização do evento o general Pinto Homem tornou-se um grande admirador do Arraial.

Eu tinha a responsabilidade, em 2006, realizar o 25° aniversário do Arraial com mudanças, não somente de local, mas fazer mudanças estruturais no Arraial, ou seja, fazer a revitalização para tornar atrativo para que o público voltasse a prestigiar o Arraial. Porque a Mostra das quadrilhas e bois-bumbás sempre teve seu público cativo, devido as disputas entre eles.

Como freqüentador do Arraial desde o seu início, percebia que todos os anos era a repetição do ano anterior. Não havia mais aquele entusiasmo de outrora. Foi então, que me aproveitando do cargo, acrescentei diversos serviços e itens que para muitos era impossível, quer pela proposta agressiva, como pelo poucos recursos até então destinado para realização do Arraial. Mas os recursos vieram e dessa forma o Arraial passou a ter, a partir de 2006, outra roupagem e uma dimensão que não para mais de crescer, sendo hoje transmitido até em rede nacional, conseqüência das inovações implantadas naquele ano.

As inovações implantadas ao Arraial trouxeram mais emprego e renda para centenas de pessoas. Até hoje várias empresas são contratadas para atender os serviços que são oferecidos a população.

Mas algumas falhas ocorreram, duas delas gritantes e inadmissíveis para um evento que tem por objetivo a preservação e a divulgação da cultura rondoniense. Encontrei barracas completamente fora dos padrões: uma que vendia “bijuterias” chinesas, que o dono compra em São Paulo, na 25 de Março; e a outra barraca, estava vendendo CD e DVD piratas, uma falha da coordenação que eu acho que nunca mais se repetiu.

Mas vamos ao que foi positivo e inédito:

01 – FINANCEIRO – Foi a partir de 2006 que os recursos financeiros destinados aos grupos folclóricos e a montagem do Arraial foi o maior de todos os tempos, na ordem de 470 mil reais. Antes não chegava a 120 mil reais. Todos os anos a coordenação ficava de pires na mão correndo atrás do empresariado local, mas era pouco para o evento.

02 – LAY OUT – O Arraial foi dividido em três grandes áreas distintas:

1) numa lateral ficou o parque de diversão;
2) ao centro a praça de alimentação, com as barracas e ambulantes, e
3) na outra lateral o Curral e o palco, para apresentações dos grupos folclóricos. Esse formato proporcionou mais espaço para o publico circular;

03 – SEGURANÇA – Pela primeira vez foram contratados 60 seguranças civis, que deu tranqüilidade para os freqüentadores;

04 – BANHEIROS QUÍMICOS – Pela primeira vez foram alocados 50 banheiros químicos. Antes os banheiros eram improvisados com buracos no chão e cercado com tábuas;

05 – ESTRUTURA - A estrutura foi satisfatória, onde colocamos a disposição uma iluminação inovadora deixando o curral completamente iluminado e uma sonorização de alta qualidade que mereceu elogios, contratada de uma empresa do Acre, já que aqui os equipamentos recebiam criticas;

04 – TRANSMISSÃO AO VIVO – Pela primeira vez uma TV de canal aberto foi responsável pela transmissão ao vivo das apresentações da Mostra. Para isso contratamos a Rede TV Rondônia, do grupo SGC. O sucesso foi tão grande que outros canais fizeram o mesmo no ano seguinte. Hoje todos os canais de televisão de Porto Velho fazem questão de transmitirem ao vivo o evento gratuitamente, com isso são responsáveis pelo sucesso de público do Arraial. E ganhou contorno de evento nacional a partir de 2010, quando a TV Record News nacional transmitiu ao vivo para todo país as apresentações folclóricas;

05 – SITE Flor do Maracujá – foi criado especificamente com finalidade de divulgar o Arraial com matérias jornalísticas ao vivo durante os dez dias do Arraial. O jornalista responsável foi o Gonzales;

06 – LANÇAMENTO DO ARRAIAL – Outra inovação que passou a ser parte do Arraial. É o evento oficial que antecede o Arraial e o principal objetivo é apresentar a IMPRENSA EM GERAL o que vai acontecer durante o Arraial, bem como mostrar os folders, cartaz, banner’s, o lay out da camisa, a estrutura e o número de pessoas envolvidas ao evento. Enfim, dar uma satisfação do dinheiro público a ser gasto no Arraial. Assim como mostrar um pouco de cada grupo de Bois e Quadrilhas. Além, é claro do coquetel;

Em 2006, o Lançamento oficial foi no SESC onde em telão foi apresentado o histórico dos 25 anos do Arraial. Naquele dia foi feito o lançamento do livro “O Folclore em Porto Velho – Noções e práticas” de autoria de José Monteiro. O livro foi patrocinado pela SECEL com distribuição gratuita;

07 – ORNAMENTAÇÃO – Foi a inovação mais marcante do Arraial, que trouxe beleza e resgate do aspecto junino da festa, com uma decoração de bandeirolas, balões, bonecos gigantes, fogueira estilizada, portais na entrada e saída do público, etc. Para as bandeirolas serem estendidas, foi colocado uma torre de 25 metros de altura no centro da Praça de Alimentação. Esse item foi o fator de maior destaque do Arraial daquele ano. A proposta foi dar a característica de um arraial dos tempos antigos. Foi um sucesso;

08 – BANDAS MUSICAIS - Antes privilegiavam apenas uma banda para todas as dez noites. A partir de 2006 abrimos espaços para diversas bandas se apresentarem após os grupos folclóricos;

09 – HINO DO FLOR DO MARACUJÁ – A música oficial dos 25 anos do Flor do Maracujá foi encomendada ao compositor e jornalista Silvio Santos, o conhecido Zecatraka; Essa música deveria ser o hino oficial do Arraial;

10 – EXPOSIÇÃO SOBRE A HISTÓRIA DAS FESTAS JUNINAS – A exposição era uma proposta minha que eu já havia feito em 1987, no Museu de Rondônia. Em 2006 tive a oportunidade de incluir na programação do Flor do Maracujá. A proposta da Exposição é didática, com a história da origem das festas juninas, da fogueira e dos mitos que cercam o evento junino. Em 2008 tive a oportunidade de dar melhor compreensão a essa proposta, mas nos anos seguintes foram deixados de lado.

11 – DOCUMENTÁRIO EM DVD – Esse item foi incluído ao perceber que na SECEL não existia qualquer registro fotográfico ou gravação dos arraias anteriores. Foi então que tomei a decisão de contratar uma empresa qualificada para fazer o documentário das apresentações de todos os grupos. Desde 2006, então, temos DVDs com as imagens dos grupos, sendo as cópias arquivadas no Centro de Documentação do Estado e outra cópia destinada a cada grupo que se apresentou na Mostra. Portanto, é uma contribuição da Secretaria para a posteridade, a serviço da população que queira pesquisar e conhecer os nossos grupos folclóricos.

12 – O ARRAIAL A SERVIÇO DO SOCIAL – Em 2006 o arraial retomou uma de suas origens, que era de fazer filantropia. Para isso, destinamos duas barracas para uma instituição (Uveron) que ficou responsável de convidar instituições, como Caixa, Secretarias, Maçonaria, e outras, que a cada noite uma dessas instituições ficava responsável pela venda das comidas típicas e bebidas e o lucro da noite destinado a uma entidade social da cidade.

Imaginem hoje o Flôr do Maracujá sem esses quesitos. Dessa forma contribuímos para revitalizar o Arraial quando éramos Secretário da Secel, em 2006. Nada mais do que nossa obrigação. E torcemos para que cada ano o Arraial receba inovações e recursos financeiros maiores para engrandecer o maior evento folclórico de Rondônia e um dos maiores do Brasil.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Realidade: Semáforos no Trevo do Roque

No dia 15 de março este humilde blogueiro, aprendiz da gramática portuguesa, postou matéria intitulada “Trevo do Roque Precisa de Semáforos”. Até que repercutiu e recebi uma bela crítica de um tal Carlos, que lá continua postada nos comentários. Enfim, os semáforos são realidades e como melhorou o transito naquela área.

Agora vai diminuir o stress das pessoas e os acidentes que eram constantes. Assim como sei criticar, também sei reconhecer e quero PARABENIZAR a prefeitura pela colocação desses equipamentos naquele Trevo.

Porque demorou tanto para isso acontecer.

E da mesma forma como eu pensei, que apenas dois postes com os sinaleiros já fazia diferença, assim o fizeram. Prova que às vezes não precisamos ser engenheiros do assunto, mas ter bom senso para que se faça o mais correto.

Se ainda não temos os tão onerosos viadutos, temos os baratíssimos semáforos para resolver paliativamente o problema daquele trânsito. Valeu.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

AS MOTRAS FOLCLÓRICAS E O ARRAIAL "FLOR DO MARACUJÁ"

Para as pessoas que não conhecem a festa folclórica, aqui vai um esclarecimento resumido das duas atividades culturais: a Mostra e o Arraial.

Por força da divulgação, costumamos sempre chamar a festa folclórica de Arraial Flor do Maracujá, não está errado, mas existem dois eventos em um: a Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, que está completando 30 anos e o Arraial Flor do Maracujá que está com 29 anos de existência.

Na Mostra são apresentados as quadrilhas juninas e os bois-bumbás que é a expressão folclórica mais antiga de Porto Velho, surgido nos idos de 1920 na então Vila de Santo Antônio do Madeira, local em que se constrói a hidrelétrica.

Mas a primeira mostra folclórica realizada pelo poder público foi em 1981, pela Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SEMEC, com a criação da 1ª Mostra de Quadrilha e Boi-Bumbá, realizada na quadra esportiva da Escola Barão do Solimões, nos dias 23, 24 e 25 de junho de 1981, com a participação de quatro bois: Malhadinho, Flor do Campo, Caprichoso e Tira-Cisma. Essa Mostra incentivou o reaparecimento do Boi Brilhamante e a criação do Boi Rei do Campo, em 1982, por Manoel Francisco Miranda, conhecido como Seu Chagas, com o curral no bairro Tucumanzal.

Com o sucesso da Mostra Municipal incentivou os membros da SECET, órgão de cultura do recém criado Estado de Rondônia, a criarem a Mostra folclórica estadual, que foi realizada nos dias 24, 25 e 27 de junho de 1982, na quadra esportiva da Escola Rio Branco. Naquela Mostra do Estado se apresentaram os seguintes grupos: Brilhamante, Malhadinho, Caprichoso, Rei do Campo e Boi mirim Tira-Cisma. A primeira Mostra estadual teve dois campeões: o boi Caprichoso e o boi Malhadinho. Mas essa historia de ter dois bois campeões é outra história.

O Arraial foi uma conseqüência dessas Mostras Folclóricas como forma de agregar os valores culturais regionais, pois sempre tivemos nas escolas, igrejas e entidades, os arraiais juninos, que se transformavam em acontecimentos sociais e disputas entre escolas para realizarem o melhor arraial do ano.

Era então, necessário a criação de um arraial, por isso a equipe responsável pelo departamento de cultura da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Turismo – SECET, criasse, em 1983, o Arraial “Flor do Maracujá”, montado ao lado do ginásio de esportes Cláudio Coutinho. A Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás passou a ser realizada durante o Arraial Flor do Maracujá, e dessa forma permanece até hoje, oportunizando aos grupos se apresentarem com incentivo governamental, contribuindo para que os grupos folclorica se fortaleça cada vez mais dentro de um palco importante: o curral do Flor do Maracujá.

Portanto, o Arraial Flor do Maracujá, que surgiu em 1983, agregou a Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás e é o maior preservador de nossas comidas típicas regional como o vatapá, o pato no tucupi, tacaca, galinha picante e as iguarias próprias das festas juninas como pamonha, mungunzá e canjica.

O tradicional Flor do Maracujá faz 29 anos de realização. Um feito extraordinário para um evento folclórico. Mas tem outro fato folclórico entre os fundadores desse Arraial como nenhum outro evento em Rondônia. Tem tantos fundadores, que chega a ter briga entre eles de quem e quem nessa história. E a cada ano aparece mais um fundador. Mas isso é folclore também.

Recomendo para aqueles que chegaram recentemente em Porto Velho e não conhece a nossa cultura, o Arraial tem como propósito divulgar a cultura folclórica rondoniense. Assim pode se apreciar danças de quadrilha junina e o folguedo boi-bumbá; degustar as comidas típicas regionais. Realmente é uma festa típica e que deve ser visitada por todos.

Jornal Alto Madeira, 25 de junho de 1982.


Jornal Alto Madeira, de 26 de junho de 1981.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MUSEÓLOGO? (Parte 1)

Se eu não falar de mim... Quem falará por mim...
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Sou servidor público federal desde 1980, portanto, são 31 anos de serviços prestados, e meu contrato é de Agente Administrativo, quando Rondônia ainda era Território Federal. Em 1982, recebi uma bolsa de estudo para estudar Museologia no Rio de Janeiro. Ao concluir a faculdade, em 1986, como Bacharel, voltei a Porto Velho e ao trabalho na então SECET, hoje SECEL.
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MINHA PRÁTICA NOS MUSEUS
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Nessa época era um jovem com muita vontade de mostrar o que havia estudado, e, fui logo nomeado pelo professor Raimundo Nonato Castro para o cargo de Diretor do Museu Estadual de Rondônia, em agosto de 1986. O Museu ficava em um prédio com bom espaço, hoje pertencente ao SATED, situado aAv.7 de Setembro, centro.
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Ali, com uma equipe empolgada pelo trabalho, fizemos o que era possível museologicamentee, tornamos o Museu conhecido por toda a população da cidade à época.
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O Museu chegou a ter uma visitação média de 6 mil pessoas mensalmente, com picos de 12 mil pessoas, comprovadamente com assinaturas em livros de visita. Portanto, o museu tinha uma visitação surpreendente.


O prédio do Museu de Rondônia, na Av. 7 de Setembro. Para isso acontecer, havia uma tremenda divulgação pela mídia local, uma programação educativa, atividades diversificadas como exposições temporárias, campanhas sociais, exibição de vídeos, lançamentos de livros, etc, etc e etc... Nossa passagem pelo Museu de Rondônia pode ser comprovada por documentos, fotografias e recortes de jornais.
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Continuava sendo Agente Administrativo, mas para que assumisse essa responsabilidade, fui nomeado com UMA GRATIFICAÇÃO CHAMADA “DAS” (hoje CDS). Portanto, me reconheceram como profissional formado na área da museologia. Essa época o Estado era governado por Jerônimo Garcia de Santana (PMDB).
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Ainda nesse período, viajamos para todas as cidades do Estado que tinham museu e demos nossa contribuição técnica, principalmente aos museus Casa de Rondon, de Vilhena e ao Museu das Comunicações Marechal Rondon, em Ji-Paraná. Até hoje existem testemunhos do nosso trabalho no Museu de Ji-Paraná,em 1988.
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Depois desse sucesso e com a eleição de Osvaldo Piana fui designado para dirigir o Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em janeiro de 1990. Lembro-me que no inicio do ano o Piana fez uma visita a Estação da Estrada de Ferro, já que ele visava a recuperação daquele complexo. Fui recepcioná-lo, e, em meio a conversa pediu-me um PROJETO PARA O MUSEU FERROVIÁRIO, e quando estivesse pronto que eu levasse o projeto até a SEDUC, a ser entregue ao Secretário.
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Com o projeto concluído, fui até a SEDUC e recebi uma das maiores respostas negativas da minha vida. Uma conhecidíssima professora, que recuso dizer o nome, assessora do Secretário, me recebeu muito mal, perguntou o que eu queria.
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Falei o assunto e ela nem deixou que fosse recebido pelo Secretário e ainda completou com a seguinte frase:
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- Temos outras prioridades e essa não é nossa prioridade, volte no final do ano.
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A professora me deu as costas e foi embora rapidamente. Acho que a professora levou para o lado político, por ter sido nomeado pelo governo anterior com um DAS para ser diretor do Museu. Até hoje, ainda é assim, o lado profissional e técnico é substituído pelo político.
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Não tive reação. Com a pasta na mão segui de volta ao Museu completamente “broxado”. Ainda resisti até o mês de setembro de 1990 e pedi as “contas do cargo”.
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Fui cumprir com minhas obrigações de Agente Administrativos na Escola Carmela Dutra.

MUSEÓLOGO? (Parte 2)

A partir de 1991, passei a me dedicar aminha atividade particular de Iluminador de espetáculos, com DRT 077. Eu e meu irmão Sérgio somos pioneiros como iluminadores profissionais. Fizemos centenas de espetáculos com iluminadores, tanto em Porto Velho, como por todo o Estado e até no Estado do Acre.
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Mas por meus trabalhos e compromissos políticos me levou a ocupar cargos como Secretário Municipal entre 1997 e 2003 – SEMCE, FIMA e SEMA. Portanto fora da museologia.
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Após ter deixado o cargo de Secretario Municipal da SEMA, em 2003, voltei para SECEL. Mas, acho que, por ciúme ou por questões políticas o Secretário da SECEL me MANDOU para o Museu da Madeira Mamoré, como uma forma de ficar bem longe dele. Foi uma maravilha. Na Madeira Mamoré, pude escrever um livro sobre o assunto. Lá conheci pessoas de todo o país. No Museu da Madeira Mamoré minha situação era como a dos outros colegas, subaproveitados, cumprindo minha função de Agente Administrativo.
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Saí de lá, em janeiro de 2006, para ocupar o Cargo de Secretário da SECEL, justamente no lugar do Secretário que não me queria perto dele.
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Exonerado em 2007, voltei para a Estrada de Ferro, como Agente Administrativo.
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Mas no início de 2008, recebo o convite da professora Nazaré Silva para fazer uma palestra sobre o boi-bumbá para um seminário sobre o Folclore em Rondônia. Logo após o Seminário fiquei lotado no Centro de Documentação da SECEL. O Museu da Madeira Mamoré havia sido desativado pela Prefeitura de Porto Velho.
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Ainda, em 2008, por empenho da Professora Nazaré Silva a SECEL passou a fazer, em parceria com o MINC, oficinas de Museus por todo o Estado. E por ela fui convidado a participara dessas oficinas museológicas, que tanto vem contribuído para o segmento no Estado.
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Lembro-me, que na ocasião de apresentação dos participantes da primeira Oficina, no auditório da Biblioteca Francisco Meirelles, até brinquei, quando ao me apresentar eu disse que era um “museólogo desativado”, assim como os museus de Porto Velho.
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Após a Oficina, me senti entusiasmado para trabalhar com museus. Por isso, estive na cidade de Ariquemes, em abril de 2008, a convite da Prefeitura, na administração do então prefeito Confúcio Moura, para contribuir na implantação do Museu criado por ele no belíssimo bairro Marechal Rondon.
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Foi o primeiro Museu a ter seu plano museológico dentro de Rondônia. Mas, por motivos que não convém citar nesse momento, o Plano não foi levado adiante. Se fosse concluído o que estava no papel, o Museu Rondon em Ariquemes seria inovador no Brasil, com uma concepção social compartilhada com a comunidade (Mas isso é outra conversa).
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Recentemente na cidade de Cacoal, por ocasião da realização da última Oficina Museu, Memória e Cidadania, promovida pelo Ministério da Cultura, através do Instituto Brasileiro de Museu-IBRAM, em parceria com o Governo de Rondônia, através da SECEL, ocorrido nos dias 24 a 26 de maio de 2011, o Plano Museológico do Museu Rondon, de Ariquemes, foi apresentado aos participantes da Oficina, a pedido da ministrante museóloga Marcelle Pereira, coordenadora do IBRAM, como um exemplo de um Plano Museológico inovador.
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A museóloga ainda solicitou uma cópia para divulgar a experiência de Ariquemes em uma revista especializada de circulação nacional.
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Quando possível temos dado nossa contribuição.
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Ainda, em setembro de 2008, recebi o convite da Gerencia de Cultura da SECEL para ser Coordenador dos Pontos de Cultura, programa resultante de Convênio entre o Governo de Rondônia e o Ministério da Cultura, e minha missão foi de implantar o programa em todo o Estado. Para isso, toda a equipe, coordenada por mim, foi nomeada por Portaria, sem nenhuma remuneração, para a função de grande responsabilidade, uma vez que o Convênio dos Pontos de Cultura é de um montante financeiro de CINCO MILHÕES E MEIO de Reais a serem executado em três anos. Foram implantados 30 Pontos de Cultura, abrangendo todos os cantos do Estado. Na função de coordenador permaneci até agosto de 2009. Mas continuo na equipe de coordenação dos Pontos de Cultura. Não sei até quando.
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Nessa curta memória dos meus últimos 20 anos, deu para perceber que não fiquei de braços cruzados ou roendo as unhas nas salas das secretarias.
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FIZ ESSE RODEIO TODO PARA DIZER QUE ESTOU AFASTADO DA MUSEOLOGIA NO GOVERNO HÁ MAIS DE 20 ANOS.


O interior do Museu de Rondônia em 1988, instalado em prédio amplo e um acervo significatico.

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MUSEÓLOGO? (Parte 3)


Parte da equipe: Da esquera para a direita: Antropóloga Lúcia, eu, Arqueóloga Márcia e o Antropólogo japonês.


Portanto, como Agente Administrativo, nesse período, não fui o responsável por nada nos Museus do Governo do Estado. Infelizmente, nesses anos todos eles entraram em decadência e atualmente estão completamente reduzidos em pequenas salas dentro do prédio da SECEL.
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Se for contar a historia da degradação desses museus nesse período vou causar desconforto e vergonha por termos tido governos sem compromisso com a nossa cultura.
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A CULPA MINHA?: NÃO! Nunca fui nomeado para assumir a direção de nenhum deles nas ultimas duas décadas. Se eu fico triste com isso? Claro. Afinal não estudei museologia porque o curso é bonitinho ou diferente. Desde criança tive influencia de meu pai, um colecionador de raridades e, também, por saber que em Rondônia nós tínhamos Museus, por isso quis essa profissão. Mas trabalhar somente por amor a profissão, não existe. Nem médico faz isso pela salvação dos seus semelhantes se não for devidamente empregado.
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Sou bacharel em Museologia, sim, mas como servidor do Governo Federal sou contratado como Agente administrativo com orgulho. Portanto, minha responsabilidade com após 1990 com os Museus nunca existiu, até porque, nenhum secretário da SECEL me convidou para assumir algum desses órgãos.
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Para os desinformados, portanto, não tenho culpa de os “museus” de responsabilidade do Governo do Estado se encontram nestas condições.
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MAS EXISTE UMA ESPERANÇA, e acredito nela, vinda do governador Confúcio Moura, sensível com a questão cultural, em destinar o prédio do Paláciodo Governo, para que ali se instale o Museu. Essa vontade política do governador será a maior contribuição a cultura e a museologia de Rondônia. Vamos ter pela primeira vez um verdadeiro Museu. Ganhará a população do Estado e os turistas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

SEMA – Dez Anos em Defesa do Meio Ambiente

Se eu não falar de mim, quem falará por mim...



2000 foi ano de campanha para eleições de prefeitos. O então prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça era candidato a reeleição e estava muito bem nas pesquisas. Tínhamos certeza de sua reeleição. Eu havia sido convidado por ele para ser um dos coordenadores da sua campanha. Na ocasião, ainda ocupava o cargo de Secretário Municipal de Cultura e Esportes, a saudosa SEMCE, que tinha visibilidade política por suas ações junto à comunidade do município.


Lembro-me o dia que tomei uma decisão importante. Estava acompanhando o prefeito Carlinhos Camurça na abertura do Arraial Flor do Maracujá de 2000. Era o mês de junho, e havíamos chegado para a solenidade de abertura do arraial, alguns minutos antes, e assim tivemos um tempo para conversamos. Naquele dia, em cima do palco, disse ao prefeito, que se ele fosse eleito, gostaria de assumir a pasta do meio ambiente. Ele tomou um susto, dizendo:


- Mas o que vai fazer na Fima (Fundação Instituto do Meio Ambiente)?


Respondi que a FIMA tinha muito que fazer pelo meio ambiente, mas faltavam ações para que se tornasse dinâmica e atuante. Ele continuou:


- Mas você está tão bem na SEMCE!


Respondi a ele que queria esse desafio.


Com a sua reeleição, fui o último nome a ser confirmado como secretário da sua equipe. Todos os partidos da coligação disputavam as secretarias. Deduzi que ninguém se interessou pela Fundação Instituto do Meio Ambiente - FIMA, e dessa forma fui nomeado para a pasta do meio ambiente.


Também não esqueço que após a nomeação, fui até a sala do então jornalista Eliânio Nascimento, que era o Assessor de Comunicação da Prefeitura e dele ouvi a seguinte frase:


- Agora eu quero ver se você é bom.


Como se na SEMCE fosse fácil por em prática dezenas de projetos que desenvolvíamos. Parecia que a letargia da FIMA fosse maior, devido sua fraca atuação comparada com as outras secretarias do município.


Respondi a ele: Vamos ver, aguarde!


Algumas pessoas não entendem que gosto de trabalhar, mas para isso, tenho que ser nomeado para os bons desafios.
Recebemos o Parque Natural com essa entrada...
E deixamos o Parque com essa estrutura com sala de informação, banheiros, lanchonetes, loja de artesanato, bilheteria, guarda-volumes e guarita do segurança.
Atuação da fiscalização impedindo que se jogassem lixo e entulhos nas encostas e nascentes da cidade.




PORQUE A SEMA PELA FIMA


A decisão de assumir a pasta de Meio Ambiente foi fazer com que a prefeitura de Porto Velho pudesse ser a detentora autônoma das questões ambientais dentro da sua esfera político-administrativa. Até então, a SEDAM era a que tinha razão de fazer gestão nos assuntos ambientais na cidade de Porto Velho. Mas a SEDAN vai ser um capitulo a parte.


Mas, para a isso era necessário que a prefeitura criasse uma Secretaria. A Fima tinha sua estrutura organizacional ultrapassada, falida, com dívidas trabalhistas, vivia de pires na mão pedindo recursos na Secretaria Municipal da Fazenda. Uma realidade inviável.


Até então, na prática, as funções da FIMA eram mínimas: administrar o Parque Ecológico e autorizar poda e corte de árvores na cidade. Muito pouco para uma capital de um Estado, por isso, precisávamos de um órgão forte visando incrementar a política municipal de gestão ambiental de forma atuante e eficaz.


Propus ao prefeito Carlinhos a criação de uma secretaria em substituição a FIMA. Ele concordou e partimos para a elaboração de um organograma enxuto e abrangente para não onerar os cofres públicos. A equipe que elaborou a estrutura da SEMA era muito competente.


Depois de muitos argumentos internos e convencimentos junto a Câmara de Vereadores, a SEMA foi criada, no dia 30 de abril de 2001. Daí em diante foi muito trabalho.


Foi a primeira Secretaria de Meio Ambiente da Região Norte que teve Fiscais de Meio Ambiente contratados mediante concurso público. Bem como, a primeira do Estado a criara e implantar o Código Municipal de Meio Ambiente. Já nasceu na vanguarda.


Com a SEMA criada apareceram atitudes de cerceamento quanto a legalidade da nova secretaria, principalmente por parte do órgão estadual, a SEDAM, que alegou, na época, por meio do ofício n. 111, de 14.02.2002, assinado pelo então Secretário, José Ribamar da Cruz Oliveira, que a SEMA “usurpa a competência do órgão estadual, conforme legislação acima citada.” Referindo o parágrafo anterior que dispõe sobre o Art. 6º da Resolução CONAMA 327/97.


O secretário Ribamar ainda encaminhou uma cópia do parecer sobre licenciamento ambiental municipal, de autoria do advogado e, então, presidente da Associação Brasileira de Advogados Ambientalistas. Aqui destaco uma frase: “...apenas ao órgão estadual compete, i.é., aquele indicado pela legislação estadual, e, especificamente ao IBAMA, designado órgão licenciador no nível federal.”


No parecer da SEDAM, a SEMA não tinha competência institucional para licenciamentos. Com certeza, a SEMA estava ameaçando tirar uma boa fatia de sua arrecadação.


Além disso, a SEDAM fazia concorrência com o órgão municipal até nas atividades da Semana de Meio Ambiente. Mas acredito que hoje isso já foi superado. As trilhas foram totalmente recuperadas para caminhadas no interior da floresta. Assinatura de Convênio com a Faculdade São Lucas. Assinatura de Convênio com o IBAMA. Presente no ato o Presindente do IBAMA Hamilton Casara, prefeito Carlinhos Camurça e presente o então Promotor de Meio Ambiente do Ministério Público de Rondônia Dr. Ivo Benitez. Relógio dos 500 ANOS tatalmente restaurado por força de Convênio com a FARO. No evento de recebimento dos kits multimídia, móveis, automóveis, por meio das Compensações ambientais da fase I e II da Usina TERMONORTE. Na ocasião estavam presentes o prefeito Carlinhos, o diretor geral da TERMONORTE Flávio Sertã e presidente da AMPAPE dona Mara.


ALGUMAS AÇÕES ENTRE MAIO DE 2001 e SETEMBRO DE 2003 – EM APENAS 29 MESES:

Naquele período foram criados vários instrumentos legais de gestão da Sema, como: 05 Leis Complementares, 02 Leis, 11 Decretos e 03 Portarias, dentre os quais:

- Lei Complementar de Criação do Conselho Municipal de Meio Ambiente;
- Lei Complementar de Criação do Código Municipal de Meio Ambiente;
- Lei Complementar de Criação do Sistema Municipal de Meio Ambiente;
- Lei de Criação de Dez Cargos de Fiscais Municipal do Meio Ambiente;
- Lei sobre a Coleta, Transporte e Destino dos Resíduos de Saúde – RSS;
- Decreto de Criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente;
- Decreto do Regimento Interno do Conselho de Meio Ambiente;
- Decreto que Instituí o Conselho Consultivo de Gestão do Parque;
- Decreto que Estabelece Novo Prazo para a Comissão de Liquidação e Inventário da FIMA;
- Decreto de Nomeação dos Membros do Sistema Municipal de Meio Ambiente;
- Portaria 001 que Estabelece Normas para Coibir Práticas Danosas ao Meio
Ambiente, especialmente nas dependências do Parque Natural de Porto Velho;
- Portaria que Constituí a Comissão de Análise de Estudos Ambientais;
- Criação e implementação do Banco de Dados Ambientais;


Fiscais de Meio Ambiente contratados mediante concurso público da prefeitura para a SEMA.Equipe de Monitores Ambientais do Parque Natural e ao centro o Diretor do Parque Wilson Fernandes.Palestra proferida pelo Dr. Ivo Benitez, promotor de Meio Ambiente do M.P. Plantio de mudas de árvores regional no bairro Embratel como resultado do Projeto Eco-Cidadão que ali foi implantado em 2002.


1 - A SEMA firmou Convênios, Termos de Cooperação Técnicas e Parcerias com organismos governamentais, entidades públicas e com a iniciativa privada, que vale destacar:


- SEDAM/PLANAFLORO para implementação do Parque Natural;
- Brasil Telecon (hoje Oi) aquisição de telefones públicos com cabines temáticas ambientais (garça, arara e tuiuiú);
- FACULDADE SÃO LUCAS visando pesquisas nas áreas de biologia e ecoturismo e atividade de educação ambiental no Parque Ecológico;
- SUPERMECADO GONÇALVES visando o suprimento de alimentos para os animais do Zoológico no ambiente do Parque Ecológico;
- UNIR – Cooperação técnica/científica;
- IBAMA – Cooperação técnica para implementação do zoológico;
- AMPAPE (Associação de Moradores, Pequenos Produtores e Amigos do Entorno do Parque ecológico) – para realização do Plano de Manejo do Parque;
- PETROBRÁS S/A objetivando subsidiar as despesas inerentes às comemorações da Semana Municipal de Meio Ambiente de 2002 e 2003;
- FARO – reforma do Relógio dos 500 anos do Descobrimento, no Trevo do Roque;
- MARQUISE – apoio nos eventos e Parque;
- CERON – reforço da rede elétrica para atender o Parque;
- AQUÁRIUS SELVA HOTEL – apoio nas atividades da SEMA;
- TERMONORTE (deixei por ultimo pela importância). Foi a partir desse Convênio que a SEMA teve muitos ganhos por meio das compensações ambientais provenientes da implantação das fases I e II, de sua Usina de geração de Energia Elétrica, cujos recursos financeiros foram empregados na implementação do Parque Natural Municipal (Parque Ecológico), no projeto arquitetônico e de urbanização do Parque,no projeto estrutural, elétrico, hidráulico, sanitário do Centro de Recepção do Parque,02 veículos, carreta tipo reboque para barco, decibelímetros,
kit’s multimídias para a SEMA e Parque Ecológico como computadores, impressoras, câmaras digital,filmadora, scanner, GPS e móveis para a SEMA e Parque Ecológico, dentre outros.


Equipe da SEMA e voluntários participando de ações da Semana de Meio Ambiente, chamada Blitz Ecológica. Palestra aos militares do Exército que visitaram o Parque Natural.SEMA participando da abertura da Semana da Pátria em desfile em frente ao Palácio Tancredo Neves.


2 - AÇÕES E ATIVIDADES:

2.1 - Capacitação

- Fiscais de Meio Ambiente, contratados mediante concurso público;
- Equipe de Monitores do Parque Ecológico;
- Eco-Cidadão Mirim com crianças no bairro Embratel.

2.2 – Plantio de Mudas Regionais

- Área verde do Cuniã;
- Bairro Embratel;
- Escola Murilo Braga;
- Avenida Jorge Teixeira;
- Estrada do Parque Natural;
- Casas do Projeto Habitat Brasil;
- Praça Aluízio Ferreira;
- Praça Marechal Rondon;
- Rua Carlos Gomes – em frente a 17ª BIS, e outros locais.

2.3 – Exposições e Participação em Eventos:

- Comemoração da Semana do Meio Ambiente;
- Feiras de Ciências em dezenas de Escolas da rede públicas e particulares
- Projeto Domingão;
- Blitz nas ruas da cidade com distribuição de panfletos e sacolas ecológicas;
- Ação educativa nos festivais de praia como o de Fortaleza do Abunã;
- Ação educativa no Projeto “Cai N’água;
- Palestras nas escolas e bairros de Porto Velho, e outras.

2.4 – Projeto Eco-Cidadão (Educação Ambiental Comunitária)

Maior ação de educação ambiental junto à comunidade e teve início em dezembro de 2002, no bairro Embratel, e tinha como objetivo despertar e sensibilizar o cidadão dentro de uma abordagem educativa ambiental para buscar e sugerir soluções para os problemas do seu bairro.

O desenvolvimento do Projeto se baseava no contato direto e permanente com os moradores do bairro e tinha quatro etapas:

1ª etapa: contato com as lideranças do bairro e visitas as residências;
2ª etapa: realização de três palestras junto a comunidade;
3ª etapa: plantio de mudas de espécies vegetais nas ruas do bairro;
4ª etapa: capacitação e formação das crianças como Eco-Cidadão Mirim no bairro.

Esse Projeto tinha o objetivo de ser aplicado em vários bairros da cidade, conforme a Prefeitura fosse asfaltando as ruas da Capital. Eu e Wilson Fernandes participando do Curso de Gestão Ambiental promovido pelo IBAMA na cidade de Pimenta Bueno. No dia do lançamento do Projeto de Educação Ambiental Eco-Cidadão iniciado no bairro Embratel, em 2002. Em 2001 recebemos o Zoológico interditado pelo IBAMA e deixamos aberto ao público. Orelhões temáticos (garça, arara e tuiuiu) recebidos por meio de Convênio com a Brasil Telecon (Oi) destinados ao Parque. Na foto com o diretor da Br. Telecon Ricardo.














2.5 – Parque Natural Municipal (Parque Ecológico)


Foi sem duvidas, o período de 2001 e 2003, o mais próspero para aquela área de conservação de proteção integral, equivocadamente chamado de Parque Ecológico ou Zoológico. Hoje é o único ambiente preservado próximo da cidade, no final da Avenida Rio Madeira, distante 10 quilômetros do centro e possui 400 hectares.


Ao assumirmos a FIMA em janeiro de 2001, o Parque estava em condições precárias, abandonado, com constantes invasões, inclusive fechado para visitação pública. O Zoológico havia sido interditado pelo IBAMA.


Em 29 meses as melhorias foram tão acentuadas e visíveis, com reconhecimento da população, que somente no ano de 2002 o Parque recebeu 28.023 pessoas, entre turistas, estudantes e visitante comum.


Mas o Parque vai merecer no futuro um destaque com mais dados aqui no blog.
Passados esses dez anos tenho muitas recordações da implantação da SEMA, acreditando que com esse órgão, a administração municipal avançou na proteção e defesa do meio ambiente. Lixeiras temáticas destinadas ao Parque por meio de Convênio com a SEDAN/PLANAFLORO.


O que os moradores do entorno não acreditavam que um dia chegasse se tornou realidade, o asfalto até o Parque Natural, pela vontade política do prefeito Carlinhos Camurça.


Lembro-me que ao deixar a “estrada aberta e pavimentada”, com tantas realizações, com uma equipe competente e comprometida com as questões ambientais, mesmo assim, ainda tivemos sucessores que criticaram nossa atuação pioneira na recém criada secretaria.


Da mesma forma aconteceu quando deixei a SEMCE, com uma vasta programação de sucesso. Depois com a SECEL, quando passei quase seis meses para colocar a secretaria em dia, facilitando sua administração, e por conseqüência, poder apoiar e patrocinar projetos culturais e esportivos de entidades por todo o Estado, e também realizar os de sua competência, como por exemplo, o Arraial Flor do Maracujá que foi revitalizado em 2006, e entregue ao sucessor como um evento consagrado. Mas posso assegurar, que das vezes que assumimos esses cargos, nunca deixamos essas secretarias pior ou igual como as encontramos.


Com a questão de meio ambiente, temos a impressão que a maioria dos políticos não gosta dos órgãos ambientais, por acharem que são entraves no desenvolvimento de uma região. É um grande equivoco. Pois já existem lugares onde se associou a sustentabilidade e desenvolvimento e houve crescimento econômico sem afetar o ambiente.


Antes se matava índios no Brasil porque era entrave para o crescimento do país; hoje, os chamados desenvolvimentistas, consideram a legislação ambiental um entrave para o crescimento do país. Mas por sorte, em nosso município tivemos dois prefeitos que se mostraram sensiveis com a questão ambiental: Chiquilito Erse, que fundo o Parque Natural e criou a FIMA e Carlinhos Camurça que reconheceu que a administração municipal precisava de um orgão mais fortalecido para enfrentar os desafios ambientais numa cidade que cresce assustadoramente.


No entanto, os avanços do chamado desenvolvimento, desenfreados e sem critérios ambientais, são motivos dos rios, igarapés e nascentes esgotarem sua capacidade hídrica.


Na cidade de Porto Velho a calamidade é grande, por falta de água potável, com vários igarapés e nascentes (olho d’água) soterrados. Por esse motivo, a cada período do verão, os moradores que vivem a base dos poços “amazônicos” para suas necessidades, têm que aprofundá-los todos os anos para poder ter água suficiente para seu próprio consumo.


Esse alerta eu tinha feito em 2001, quando constatei que a população e a própria SEMUSP contribuía para soterrar essas fontes naturais de água na zona urbana de Porto Velho. Cheguei a apreender caçambas a serviço da prefeitura jogando lixo nesses locais sagrados que deveriam ser preservados.


PARABÉNS A SEMA e aos seus servidores abnegados e comprometidos com o meio ambiente.



terça-feira, 7 de junho de 2011

VIVA A PARCERIA

Na sexta-feira, dia 03, estivemos na Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para a inauguração da Litorina que iria funcionar depois de totalmente reformada sob a responsabilidade da Cooperativa dos Trabalhadores no Ramo Ferroviário – COOTRAFER. Ainda foram reformadas uma Cegonha e uma K-04. Ficaram novinhas. Foi uma alegria geral.


Representantes públicos somente o Superintendente Estadual de Turismo, Julio Olivar, o Procurador Federal Ricardo Santos Silva Leite e os assessores do deputado Zequinha Araújo.


O presidente da Cootrafer Paulo da Costa Passos e o vice-presidente, o professor Carlinhos Bennesby, que estavam felizes com a reativação da Litorina. Encontrei por lá velhos amigos ferroviários que continuam esperançosos com a possibilidade de ver as históricas locomotivas funcionando. Esperamos todos.


Mas aqui quero fazer dois registros importantes:


Primeiro parabenizar a direção da COOTRAFER, principalmente ao Paulo, presidente e ao professor Carlinhos, vice-presidente, que lutam pelo bem daquele patrimônio. Inclusive solicito que a população ajude a entidade, que é formada por ferroviários históricos que continuam esperançosos pela restauração do complexo da Madeira Mamoré.


O outro registro vai a Santo Antônio Energia que de forma integrada e parceira com a COOTRAFER patrocinou a restauração dos pequenos veículos ferroviários, como a litorina, a cegonha e a motorizada k-04. A direção da Santo Antônio Energia está de parabéns. E continuem dando essa força, energia, a esses ferroviários que são abnegados e somente querem ter a felicidade pela volta dos trens novamente nos trilhos, mesmo que seja por um pequeno trecho de linha.
Litorina restaurada.
Cegonha
Essa acima é a K-04

Gosto de fotografar.


A mecânica da K-04




A direita, o ferroviário Paulo, presidente da Cootrafer, a esquerda, o vice Carlinhos


Eu andando na primeira cadeira da Litorina em seu passeio inaugural


Meu amigo Nicanor, maquinista da Litorina. Um abnegado ferroviário.


Todos felizes. De camisa listrada, a esquerda, o Superintendente da Setur Julio Olivar. Valeu amigo.



Um registro muito especial com amigos.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

RONDON – Esquecido pelos rondonienses

O dia 5 de maio poderia ser uma data festiva no Estado de Rondônia, ou seja, a mais festejada por todos que moram nas terras de Rondônia. Digo isso até com certa indignação pela falta da lembrança do personagem que emprestou seu nome a esse pedaço de Brasil. Há décadas, não se tem uma hora cívica nas escolas ou até mesmo, para não ser tanto, uma homenagem oficial, no 5 de maio, ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.

Uma pena, isso acontecer. Rondônia é o único Estado da Federação que leva o nome de um brasileiro. E que brasileiro. Um verdadeiro homem público, que se doou por mais de sessenta anos trabalhando por esse país. O resto do país pode ter lá suas razões para esquecer Rondon. Mas, nós rondonienses, não poderíamos jamais deixar de lembrar-se dessa personalidade tão influente num determinado período da história brasileira.

Antes de qualquer manifestação cultural, temos um nome (produto) tão forte e marcante, que historicamente se iguala, ou até mesmo supera - por ser tratar de um homem - a outros patrimônios históricos existentes no Estado, como a Estrada de Ferro Madeira Mamoré e ao Forte Príncipe da Beira. E, sempre, Rondon é o último a ser lembrado dentre os três maiores legados históricos construídos em Rondônia.

Mas sempre é tempo, para fazer esse reconhecimento e sanar essa divida a a memória desse matogrossense nascido no dia 5 de maio de 1865, no distrito de Mimoso, as margens da baía de Xacororé, hoje município de Santo Antônio do Leverger, no Pantanal do Mato Grosso, localizado a 32 quilômetros ao sul de Cuiabá.

Festejamos, merecidamente, tantas outras tradições da nossa cultura, com o apoio oficial, como o carnaval, as festas juninas, e, timidamente, o 4 de janeiro, data importante de implantação do Estado de Rondônia. Devemos sim, festejar a data do nascimento do Patrono de Rondônia, e por lei, colocar na agenda oficial para ser lembrada de forma efusiva em todo o Estado.


Se não bastasse o desprezo oficial, temos uma divulgação negativa de alguns poucos professores nas escolas públicas, que coloca Rondon como “um matador de índios”.

Ouvi e testemunhei isso dos próprios acadêmicos e estudantes de escolas de Porto Velho que me disseram que professores da disciplina de história diziam em sala de aula. Qual motivo leva um professor a dizer isso? Qual a finalidade dessa agressão a história desse homem que tanto defendeu dezenas de etnias indígenas pelo país. Posso dizer que é desconhecimento a história de Rondon. Pois foi ele, o primeiro a propor a criação de um órgão oficial para tratar da questão indígena.

Rondon morreu há 52 anos e, já era tempo da realidade indígena ter mudado de cenário. Mas, em pleno século 21,o governo dispensa tratamento digno aos poucos povos indígenas que sobrevivem de forma miserável em solo brasileiro. E hoje temos antropólogos doutores, ONGs, FUNAI, que se dizem defensores das causas desses povos.
Voltando a questão.

Eu não duvido, que a grande maioria dos que moram nesse Estado não sabem que data é essa, 5 de maio, e porquê o nome do Estado leva esse nome. Não digo que é uma vergonha para os que desconhecem, mas é uma falha na educação e na falta de divulgação do nome de Rondon para os rondonienses.

Nessa falha, excluo a imprensa rondoniense que sempre que alguém tomou alguma iniciativa para lembrar Rondon, a mídia deu amplo espaço para divulgar a história do Marechal Incansável.

Nessa divulgação, me incluo, até por me achar na obrigação, como rondoniense, de propagar a magnífica historia de Rondon, através de exposições, que iniciei, ainda, em 1987, em Porto Velho, que foi exposta no Museu Estadual de Rondônia. Desde aquele ano, venho fazendo exposições, escrevendo para jornais, dando entrevistas para a imprensa, fazendo palestras nas escolas e faculdades, e até fiz um pequeno livro com a sua biografia para doar aos interessados.


Após essa queixa, esse desabafo, vou postar nos próximos dias o legado que Rondon deixou para os rondonienses. Aguardem.
Exposição "De Rondon para Rondônia" - ano 2000.


Exposição promovida no Museu Estadual de Rondônia, em 1987.